A actual matéria apresenta um sério desafio tanto a alunos como a professores. Os alunos sentem muitas vezes que a matéria apresentada é demasiado abstracta. E o próprio professor acaba também se deparar com esse mesmo problema. Estamos a falar de fenómenos que ocorrem à escala molecular e celular, pelo que são difíceis de observar e de apresentar.
A alternativa é recorrer a ilustrações, modelos, desenhos e esquemas.
Existe muito material interessante espalhado um pouco por todo o lado, desde publicações científicas, livros, bibliotecas académicas, bases de dados de teses e dissertações, a Internet, revistas e jornais. Mas aqui começam a surgir problemas. Muita da informação, pelo menos a mais, diremos, divertida (como jogos e esquemas animados) encontra-se ou em Inglês ou em Brasileiro.
Não seria de esperar que o brasileiro fosse um obstáculo, mas por mais próximo que esteja do português, está muito longe deste em termos científicos. Os termos científicos brasileiros são diferentes dos portugueses, sendo muitas vezes flagrantes inglesismos. Como tal, o estudo por material do Brasil terá de ter sempre em conta esse detalhe importante, que os termos técnicos podem não ser os aceites por cá. Terá de haver uma atenção e tradução simultânea por parte do usuário.
A minha preocupação torna-se cada vez maior, pois poucos recursos há em Português, e o que aparece com maior facilidade na Internet é efectivamente sites de Universidades Brasileiras com excelente material, mas linguisticamente incompatível…
E inglesismo por inglesismo sempre temos DNA (desoxyribonucleic acid) em vez de ADN (ácido desoxirribonucleico)…