não podíamos deixar passar esta data sem postar umas saudações natalícias...
divirtam-se e descansem muito nestas férias que pró ano há mais!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Debate
O debate de hoje foi bastante animado. O interesse na matéria é notório, o que é bom. A matéria que se segue em Biologia será então uma análise mais aprofundada dos argumentos da Evolução, mas desta feita, numa perspectiva actual. Posteriormente será falado no NeoDarwinismo, que finalmente consegue responder às duas questões principais a que Darwin não foi capaz de responder “Como se processa a passagem de caracteres para os descendentes” e “quais são as fontes de variação”. Os opositores da teoria estão muito mais ocupados a atacar Darwin por ter sugerido que o ser humano havia evoluído de um primata do que a procurar verdadeiras lacunas na teoria.
De certo modo foi o que acabou por acontecer no debate, com a existência de Deus em causa, tal como o seu plano.
Um criacionista não é necessariamente anti evolução, mas um fixista sim. Muitos criacionistas acreditam que ocorre evolução, e que esta é parte do plano divino.
A Grade Escada da Vida que Aristóteles apoiava era também um modelo social. Deus no topo, com uma hierarquia de anjos depois, seguido do homem (com o Rei como o Rei dos homens, cuja autoridade para mandar era divina), seguidos das aves (com a águia como seu rei), os animais selvagens (com o leão como rei), seguido dos animais domésticos (com o cavalo como o mais nobre), as plantas (com o carvalho como seu rei), os minerais (com o ouro como seu rei), etc.
Ao colocar o homem no mesmo degrau que os restantes animais, e retirando Deus da equação, a escada desmorona, e daí nasce a anarquia. Anarquia pois, porque assim todos os homens são iguais, e iguais a animais, como tal não há um que tenha autoridade para mandar nos outros, nem motivo para os seres humanos tentarem ser “civilizados” e afastarem-se do pecado. Mas esta era um medo de eclesiásticas e alguns eruditos, que não se verificou, pois as coisas não são assim tão simples nem directas.
Cada uma das figuras a ser representadas no debate possuía uma serie de ideias próprias e de argumentos. Alguns foram tocados no debate, outros não. Enquanto deixo este tópico para colocarem algumas dúvidas que gostassem de ver esclarecidas, questões diversas e/ou curiosidades que estivessem interessados em satisfazer, aproveito e coloco aqui então uma lista resumida.
Aristóteles:
- Acreditava na Escada da Vida
- Criou um sistema de classificação de seres vivos, dividindo-os entre Vertebrados (com sangue) e Invertebrados (sem sangue)
- Acreditava numa força divina que guiava a génese dos seres a partir da matéria inerte, que dependendo do seu grau na escala também originava então seres diferentes da mesma escada.
Lineu:
- Estabeleceu graus de semelhança entre seres vivos através de semelhanças observáveis.
Cuvier:
- Acreditava em vários episódios de criação seguidos por cataclismos
- Através da anatomia comparada, do qual ele é ainda hoje figura cimeira, estabeleceu a Correlação das Partes, ou seja, através de poucos ossos de um fóssil era capaz de recriar com elevada exactidão o animal em causa. Isto tornou-o muito séptico em relação à evolução, pois a mínima alteração num osso implicaria uma alteração radical em todos os outros ossos, estrutura muscular, etc.
- Criou o conceito de extinção, teorizando que teria havido um período de criação onde os répteis teriam sido a espécie dominante.
Lyell:
- Apoiava a existência de centros de criação. Locais com características diferentes no globo apresentavam então assim seres vivos diferentes.
- Não acreditava que na selecção natural como motor da evolução. Tinha uma certa dificuldade em aceita que um ser fosse capaz de se alterar ao ponto de passar a ser outro.
Maupertuis:
- Tendo em conta o tempo de existência da Terra, e que em tempos houvera animais que agora estavam mortos, acreditava então que haveria combinações fortuitas de características nos seres que fariam com que novas espécies surgissem. No entanto muitas dessas combinações tornariam os seres inviáveis, e a natureza trataria de os eliminar.
- O seu Principio na Menos Acção era aplicado em Biologia tal como em Física, pelo que as coisas tenderiam a seguir caminhos mais simples e que despendessem menos energia, modos de ser mais eficientes
Buffon
- Para si os seres transformavam-se por Degenerações Sucessivas (ou Melhoramentos Sucessivos)
- Notou na existência de estruturas atrofiadas em seres vivos, órgãos vestigiais. Em tempo haviam servido algum propósito, mas na actualidade apareciam naqueles seres como um resto de algo que deixaram de usar até atrofiar.
De resto Lamarck e Darwin foram já apresentados em PowerPoints que até estão aqui no Blog.
De certo modo foi o que acabou por acontecer no debate, com a existência de Deus em causa, tal como o seu plano.
Um criacionista não é necessariamente anti evolução, mas um fixista sim. Muitos criacionistas acreditam que ocorre evolução, e que esta é parte do plano divino.
A Grade Escada da Vida que Aristóteles apoiava era também um modelo social. Deus no topo, com uma hierarquia de anjos depois, seguido do homem (com o Rei como o Rei dos homens, cuja autoridade para mandar era divina), seguidos das aves (com a águia como seu rei), os animais selvagens (com o leão como rei), seguido dos animais domésticos (com o cavalo como o mais nobre), as plantas (com o carvalho como seu rei), os minerais (com o ouro como seu rei), etc.
Ao colocar o homem no mesmo degrau que os restantes animais, e retirando Deus da equação, a escada desmorona, e daí nasce a anarquia. Anarquia pois, porque assim todos os homens são iguais, e iguais a animais, como tal não há um que tenha autoridade para mandar nos outros, nem motivo para os seres humanos tentarem ser “civilizados” e afastarem-se do pecado. Mas esta era um medo de eclesiásticas e alguns eruditos, que não se verificou, pois as coisas não são assim tão simples nem directas.
Cada uma das figuras a ser representadas no debate possuía uma serie de ideias próprias e de argumentos. Alguns foram tocados no debate, outros não. Enquanto deixo este tópico para colocarem algumas dúvidas que gostassem de ver esclarecidas, questões diversas e/ou curiosidades que estivessem interessados em satisfazer, aproveito e coloco aqui então uma lista resumida.
Aristóteles:
- Acreditava na Escada da Vida
- Criou um sistema de classificação de seres vivos, dividindo-os entre Vertebrados (com sangue) e Invertebrados (sem sangue)
- Acreditava numa força divina que guiava a génese dos seres a partir da matéria inerte, que dependendo do seu grau na escala também originava então seres diferentes da mesma escada.
Lineu:
- Estabeleceu graus de semelhança entre seres vivos através de semelhanças observáveis.
Cuvier:
- Acreditava em vários episódios de criação seguidos por cataclismos
- Através da anatomia comparada, do qual ele é ainda hoje figura cimeira, estabeleceu a Correlação das Partes, ou seja, através de poucos ossos de um fóssil era capaz de recriar com elevada exactidão o animal em causa. Isto tornou-o muito séptico em relação à evolução, pois a mínima alteração num osso implicaria uma alteração radical em todos os outros ossos, estrutura muscular, etc.
- Criou o conceito de extinção, teorizando que teria havido um período de criação onde os répteis teriam sido a espécie dominante.
Lyell:
- Apoiava a existência de centros de criação. Locais com características diferentes no globo apresentavam então assim seres vivos diferentes.
- Não acreditava que na selecção natural como motor da evolução. Tinha uma certa dificuldade em aceita que um ser fosse capaz de se alterar ao ponto de passar a ser outro.
Maupertuis:
- Tendo em conta o tempo de existência da Terra, e que em tempos houvera animais que agora estavam mortos, acreditava então que haveria combinações fortuitas de características nos seres que fariam com que novas espécies surgissem. No entanto muitas dessas combinações tornariam os seres inviáveis, e a natureza trataria de os eliminar.
- O seu Principio na Menos Acção era aplicado em Biologia tal como em Física, pelo que as coisas tenderiam a seguir caminhos mais simples e que despendessem menos energia, modos de ser mais eficientes
Buffon
- Para si os seres transformavam-se por Degenerações Sucessivas (ou Melhoramentos Sucessivos)
- Notou na existência de estruturas atrofiadas em seres vivos, órgãos vestigiais. Em tempo haviam servido algum propósito, mas na actualidade apareciam naqueles seres como um resto de algo que deixaram de usar até atrofiar.
De resto Lamarck e Darwin foram já apresentados em PowerPoints que até estão aqui no Blog.
domingo, 7 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
Questões Role Play
Neste tópico poderão colocar as questões que tiverem sobre a preparação para o debate de fixistas contra evolucionistas da próxima quinta feira.
Mais tarde vou começar a colocar o material que foi usado nas aulas aqui no blog, tal como algum material extra. Mas agora (Sábado 12:00) está a dar um documentário sobre as ilhas Galápagos na SIC.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
anatomia da flor
e já agora ficam também com a transparência sobre a anatomia da flor e a versão muito simplificada do ciclo de vida de plantas com flor!
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Texto VI
Espécies comerciais de peixe estão à beira da extinção
As últimas décadas de pesca industrial colocaram os stocks de peixe à beira da ruptura e da extinção em massa de algumas das espécies mais consumidas no mundo. Cerca de 3/4 das espécies pescadas para fins comerciais estão a ser exploradas para além dos limites da sustentabilidade e acresce o problema do desperdício provocado pelos métodos de pesca industrial: por cada peixe que chega aos consumidores, entre 10 a 20 vezes o peixe equivalente é deitado para o lixo!
Prevê-se que em 2050 só seja possível cumprir metade das necessidades da população mundial em proteínas de peixe. E a estimativa pode ser até demasiado optimista, porque a simples extinção de uma só espécie importante pode provocar, em cascata a extinção de várias centenas de outras, dado o delicado intrincado que define qualquer pirâmide ecológica na Natureza.
A União Europeia tem tentado combater estas extinções em massa proibindo a pesca de algumas espécies nas suas costas e financiando países africanos, onde teoricamente essas espécies estariam em melhores condições, para acolher as suas frotas de pesca. Contudo, a corrupção nestes países tem permitido abusos e os seus stoks se encontram perigosamente baixos. No Senegal, por exemplo, estima-se hoje que exista menos de 25% da biomassa marinha que existia nos seus mares há apenas 15 atrás. Mas a Europa não é a única ameaça para espécies marinhas do globo: no Japão cada cidadão consome por ano uma média de 66 Kg peixe; e a China, com a sua imensa população e um crescente poder de compra, consome hoje já um 1/3 de todo o pescado mundial.
Adaptado de
As últimas décadas de pesca industrial colocaram os stocks de peixe à beira da ruptura e da extinção em massa de algumas das espécies mais consumidas no mundo. Cerca de 3/4 das espécies pescadas para fins comerciais estão a ser exploradas para além dos limites da sustentabilidade e acresce o problema do desperdício provocado pelos métodos de pesca industrial: por cada peixe que chega aos consumidores, entre 10 a 20 vezes o peixe equivalente é deitado para o lixo!
Prevê-se que em 2050 só seja possível cumprir metade das necessidades da população mundial em proteínas de peixe. E a estimativa pode ser até demasiado optimista, porque a simples extinção de uma só espécie importante pode provocar, em cascata a extinção de várias centenas de outras, dado o delicado intrincado que define qualquer pirâmide ecológica na Natureza.
A União Europeia tem tentado combater estas extinções em massa proibindo a pesca de algumas espécies nas suas costas e financiando países africanos, onde teoricamente essas espécies estariam em melhores condições, para acolher as suas frotas de pesca. Contudo, a corrupção nestes países tem permitido abusos e os seus stoks se encontram perigosamente baixos. No Senegal, por exemplo, estima-se hoje que exista menos de 25% da biomassa marinha que existia nos seus mares há apenas 15 atrás. Mas a Europa não é a única ameaça para espécies marinhas do globo: no Japão cada cidadão consome por ano uma média de 66 Kg peixe; e a China, com a sua imensa população e um crescente poder de compra, consome hoje já um 1/3 de todo o pescado mundial.
Adaptado de
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Texto V
Bacalhau em extinção
O fim da pesca do bacalhau (Gadus spp.) nas costas da Terra Nova e Labrador (até às 200 milhas), foi decretado pelas autoridades canadianas em 1992. A captura intensiva e sem limites que as armadas de pesca internacionais ali praticaram nas décadas de 60 e 70, como aconteceu com as fábricas flutuantes da ex-União Soviética, precipitou ali em poucos anos a queda dos stocks da espécie para níveis próximos do limiar da extinção. A proibição da sua pesca no interior das 200 milhas foi uma tentativa de recuperar os efectivos da espécie.
Inicialmente, pensou-se que isso não seria complicado e que a moratória ao bacalhau não deveria durar mais de dois anos. Mas, hoje, passados 14 anos, os stocks não recuperaram. E a proibição nunca chegou a ser levantada.
Este ano o governo federal atribuiu às pequenas comunidades de pesca costeira, uma pequena quota global de três mil toneladas de bacalhau para 2007. Mas não é o fim da moratória. Trata-se de uma medida que permitirá avaliar a saúde dos stocks junto à costa
Por várias razões, umas mais evidentes, como a persistência da pesca ilegal nas águas internacionais, para além das 200 milhas, outras ainda mal compreendidas, o bacalhau não conseguiu recuperar passada década e meia. Em alguns pontos junto à Terra Nova, e mais para Sul, na Nova Escócia, a tendência de declínio não se inverteu. E o futuro da espécie nesta região, "que já foi a mais produtiva do planeta", é hoje encarado com cepticismo e receio pela comunidade científica que estuda a questão.
Adaptado de
O fim da pesca do bacalhau (Gadus spp.) nas costas da Terra Nova e Labrador (até às 200 milhas), foi decretado pelas autoridades canadianas em 1992. A captura intensiva e sem limites que as armadas de pesca internacionais ali praticaram nas décadas de 60 e 70, como aconteceu com as fábricas flutuantes da ex-União Soviética, precipitou ali em poucos anos a queda dos stocks da espécie para níveis próximos do limiar da extinção. A proibição da sua pesca no interior das 200 milhas foi uma tentativa de recuperar os efectivos da espécie.
Inicialmente, pensou-se que isso não seria complicado e que a moratória ao bacalhau não deveria durar mais de dois anos. Mas, hoje, passados 14 anos, os stocks não recuperaram. E a proibição nunca chegou a ser levantada.
Este ano o governo federal atribuiu às pequenas comunidades de pesca costeira, uma pequena quota global de três mil toneladas de bacalhau para 2007. Mas não é o fim da moratória. Trata-se de uma medida que permitirá avaliar a saúde dos stocks junto à costa
Por várias razões, umas mais evidentes, como a persistência da pesca ilegal nas águas internacionais, para além das 200 milhas, outras ainda mal compreendidas, o bacalhau não conseguiu recuperar passada década e meia. Em alguns pontos junto à Terra Nova, e mais para Sul, na Nova Escócia, a tendência de declínio não se inverteu. E o futuro da espécie nesta região, "que já foi a mais produtiva do planeta", é hoje encarado com cepticismo e receio pela comunidade científica que estuda a questão.
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Texto IV
A viagem do salmão
O salmão atlântico (Salmo salar) é um peixe migrador anádromo, o que significa que vive toda a sua vida no mar mas que se reproduz em água doce, deslocando-se para os rios na época da procriação, que se efectua de Outubro a Julho. A desova efectua-se entre Dezembro e Janeiro. A grande capacidade natatória desta espécie permite-lhe ultrapassar grandes obstáculos ao longo do percurso migratório (excluindo as grandes barragens e açudes), procurando atingir as águas calmas dos cursos superiores dos rios, onde efectua a postura nos fundos de areia e cascalho. A fecundação pelos machos é externa, e ocorre em simultâneo à postura.
O consequente decréscimo dos efectivos populacionais, ou a extinção local de espécies migratórias como o salmão, conduziu à construção e desenvolvimento de diversos sistemas de transposição piscícola em obras fluviais, genericamente designados de passagens para peixes (PPP). Estas estruturas pretendem minimizar as consequências do efeito barreira na fauna piscícola, permitindo em menor escala, o restabelecimento da continuidade nos sistemas fluviais.
Actualmente, o modelo de PPP mais comum são as passagens por bacias sucessivas, ou escadas para peixes, utilizadas sobretudo para vencer desníveis pouco pronunciados. O desnível é dividido em várias quedas consecutivas de menor dimensão, como os degraus de uma escada, formando um canal por onde os indivíduos se movimentam e transpõem as bacias, nadando na coluna de água ou, em alguns casos, por salto.
As PPP foram também usadas por alguns mamíferos, como foi demonstrado em Portugal como a toupeira de água (Galemys pyrenaicus) e a lontra (Lutra lutra).
Adaptado de http://www.naturlink.pt/
O salmão atlântico (Salmo salar) é um peixe migrador anádromo, o que significa que vive toda a sua vida no mar mas que se reproduz em água doce, deslocando-se para os rios na época da procriação, que se efectua de Outubro a Julho. A desova efectua-se entre Dezembro e Janeiro. A grande capacidade natatória desta espécie permite-lhe ultrapassar grandes obstáculos ao longo do percurso migratório (excluindo as grandes barragens e açudes), procurando atingir as águas calmas dos cursos superiores dos rios, onde efectua a postura nos fundos de areia e cascalho. A fecundação pelos machos é externa, e ocorre em simultâneo à postura.
O consequente decréscimo dos efectivos populacionais, ou a extinção local de espécies migratórias como o salmão, conduziu à construção e desenvolvimento de diversos sistemas de transposição piscícola em obras fluviais, genericamente designados de passagens para peixes (PPP). Estas estruturas pretendem minimizar as consequências do efeito barreira na fauna piscícola, permitindo em menor escala, o restabelecimento da continuidade nos sistemas fluviais.
Actualmente, o modelo de PPP mais comum são as passagens por bacias sucessivas, ou escadas para peixes, utilizadas sobretudo para vencer desníveis pouco pronunciados. O desnível é dividido em várias quedas consecutivas de menor dimensão, como os degraus de uma escada, formando um canal por onde os indivíduos se movimentam e transpõem as bacias, nadando na coluna de água ou, em alguns casos, por salto.
As PPP foram também usadas por alguns mamíferos, como foi demonstrado em Portugal como a toupeira de água (Galemys pyrenaicus) e a lontra (Lutra lutra).
Adaptado de http://www.naturlink.pt/
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Texto III
Influência da temperatura na determinação sexual dos crocodilos
O crocodilo de água salgada (Crocodylus porosus) é o maior réptil existente na actualidade e pode ser extremamente perigoso para o Homem. Este crocodilo habita rios e estuários, mas também pode ser encontrado em zonas costeiras de mar aberto. Reproduz-se durante a estação húmida. As posturas são feitas em ninhos construídos em terra com lama e ramos, onde são enterrados 40 a 60 ovos, que levam cerca de 90 dias a incubar.
A determinação do sexo dos pequenos crocodilos é feita através da temperatura durante os primeiros dias após a postura: os machos são produzidos se a temperatura estiver em torno dos 31º C. Se as condições forem mais favoráveis, as crias serão fêmeas. A mãe permanece durante todo o período junto do ninho, apesar de não ter parte activa na incubação. Desenterra os ovos quando ouve o chamamento das crias e transporta-as para a água. As jovens crias podem ser caçadas pelos crocodilos adultos ou serem expulsas do território quando atingem o estado adulto ou o seu número aumenta excessivamente.
Os machos adolescentes deslocam-se para zonas de água salgada e percorrem as costas até encontrarem um rio que possam marcar como seu território. A maturidade sexual é atingida entre os 10 a 12 anos para o sexo feminino e aos 16 anos para o masculino.
Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/crocodili-de-água-salagada
A determinação do sexo dos pequenos crocodilos é feita através da temperatura durante os primeiros dias após a postura: os machos são produzidos se a temperatura estiver em torno dos 31º C. Se as condições forem mais favoráveis, as crias serão fêmeas. A mãe permanece durante todo o período junto do ninho, apesar de não ter parte activa na incubação. Desenterra os ovos quando ouve o chamamento das crias e transporta-as para a água. As jovens crias podem ser caçadas pelos crocodilos adultos ou serem expulsas do território quando atingem o estado adulto ou o seu número aumenta excessivamente.
Os machos adolescentes deslocam-se para zonas de água salgada e percorrem as costas até encontrarem um rio que possam marcar como seu território. A maturidade sexual é atingida entre os 10 a 12 anos para o sexo feminino e aos 16 anos para o masculino.
Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/crocodili-de-água-salagada
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Texto II
Hermafroditismo em mamíferos: o caso dos ursos polares
Entre os vertebrados, e em particular, entre os mamíferos, a ocorrência de hermafroditismo não é natural, podendo ocorrer, no entanto, como consequência de anomalias genéticas.
Recentemente, uma equipa de cientistas liderada pelo canadiano Derek Muir, debruçou-se sobre a contaminação de ursos polares (Ursus maritimus) por várias substâncias, entre as quais os PBDEs (éteres polibromatos difenilos), utilizados como retardantes de chama em tecidos até aos anos 60. Testes laboratoriais apontam para a presença destas substâncias no tecido adiposo dos urso e algumas anomalias a nível hormonal, que contribuem para o enfraquecimento dos sistemas imunológicos, alteração da estrutura óssea e para o aparecimento de um elevado índice de hermafroditismo entre estes animais.
Como é sabido, a concentração de poluentes é magnificada ao longo da cadeia alimentar desde o plâncton para o peixe e até aos mamíferos marinhos como as focas, as baleias e os ursos polares. De facto, os cientistas determinaram que as concentrações de PBDEs no tecido adiposo dos ursos é 71 vezes maior que nas focas, as suas presas preferenciais.
Os ursos mais contaminados encontram-se no leste da Gronelândia e nas ilhas norueguesas de Svalbard, onde estas substâncias químicas aparecem em concentrações 10 vezes superiores às dos ursos do Alasca e 4 vezes superiores às dos ursos do Canadá. Em Svalbard, a proporção de animais hermafroditas situa-se nuns preocupantes 2%. Estima-se que actualmente existam 22 000 ursos polares, a maioria deles no Canadá. Em Svalbard são 3 000.
Adaptado de http://news.independent.co.uk/environment/article337581.ece
Entre os vertebrados, e em particular, entre os mamíferos, a ocorrência de hermafroditismo não é natural, podendo ocorrer, no entanto, como consequência de anomalias genéticas.
Recentemente, uma equipa de cientistas liderada pelo canadiano Derek Muir, debruçou-se sobre a contaminação de ursos polares (Ursus maritimus) por várias substâncias, entre as quais os PBDEs (éteres polibromatos difenilos), utilizados como retardantes de chama em tecidos até aos anos 60. Testes laboratoriais apontam para a presença destas substâncias no tecido adiposo dos urso e algumas anomalias a nível hormonal, que contribuem para o enfraquecimento dos sistemas imunológicos, alteração da estrutura óssea e para o aparecimento de um elevado índice de hermafroditismo entre estes animais.
Como é sabido, a concentração de poluentes é magnificada ao longo da cadeia alimentar desde o plâncton para o peixe e até aos mamíferos marinhos como as focas, as baleias e os ursos polares. De facto, os cientistas determinaram que as concentrações de PBDEs no tecido adiposo dos ursos é 71 vezes maior que nas focas, as suas presas preferenciais.
Os ursos mais contaminados encontram-se no leste da Gronelândia e nas ilhas norueguesas de Svalbard, onde estas substâncias químicas aparecem em concentrações 10 vezes superiores às dos ursos do Alasca e 4 vezes superiores às dos ursos do Canadá. Em Svalbard, a proporção de animais hermafroditas situa-se nuns preocupantes 2%. Estima-se que actualmente existam 22 000 ursos polares, a maioria deles no Canadá. Em Svalbard são 3 000.
Adaptado de http://news.independent.co.uk/environment/article337581.ece
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Texto I
O dilema dos pinguins de Adélia
Os pinguins de Adélia (Pygocelus adeliae), que vivem na costa da Antártida, têm sido objecto de estudo de cientistas de uma estação de investigação situada na proximidade de algumas ilhas onde esses pinguins nidificam.
A partir de Outubro, os pinguins escolhem regiões de solo nu, nas encostas mais abrigadas, onde constroem ninhos com pedregulhos. Durante os últimos 30 anos, tem-se registado um grave declínio na população de pinguins que procriam na região e que já atinge os 70%. O biólogo responsável por estes estudos admite que o declínio se relaciona com a mudança climática que tem vindo a ocorrer na região. Nos últimos 50 anos, as temperaturas de Inverno têm experimentado um aumento médio de 6ºC. Como consequência do aquecimento, o gelo marinho, que forma uma camada impermeável sobre o oceano, funde, o que provoca uma maior evaporação da água do mar. Ocorre então uma precipitação de neve, que se acumula no solo, especialmente nas zonas mais abrigadas dos ventos, sendo nesses locais onde se funde, mais tarde.
Os pinguins de Adélia não modificaram os seus locais de postura. Continuaram a construí-los mas sobre a neve e não no solo nu. Quando a neve funde, os ninhos enchem-se de água que encharca os ovos, impedindo o nascimento de novos membros da colónia. Deste modo, o número de nascimentos nas colónias de pinguins de Adélia da região tem vindo a ser gradualmente reduzido.
Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/pinguim-de-asÃ9lia
Os pinguins de Adélia (Pygocelus adeliae), que vivem na costa da Antártida, têm sido objecto de estudo de cientistas de uma estação de investigação situada na proximidade de algumas ilhas onde esses pinguins nidificam.
A partir de Outubro, os pinguins escolhem regiões de solo nu, nas encostas mais abrigadas, onde constroem ninhos com pedregulhos. Durante os últimos 30 anos, tem-se registado um grave declínio na população de pinguins que procriam na região e que já atinge os 70%. O biólogo responsável por estes estudos admite que o declínio se relaciona com a mudança climática que tem vindo a ocorrer na região. Nos últimos 50 anos, as temperaturas de Inverno têm experimentado um aumento médio de 6ºC. Como consequência do aquecimento, o gelo marinho, que forma uma camada impermeável sobre o oceano, funde, o que provoca uma maior evaporação da água do mar. Ocorre então uma precipitação de neve, que se acumula no solo, especialmente nas zonas mais abrigadas dos ventos, sendo nesses locais onde se funde, mais tarde.
Os pinguins de Adélia não modificaram os seus locais de postura. Continuaram a construí-los mas sobre a neve e não no solo nu. Quando a neve funde, os ninhos enchem-se de água que encharca os ovos, impedindo o nascimento de novos membros da colónia. Deste modo, o número de nascimentos nas colónias de pinguins de Adélia da região tem vindo a ser gradualmente reduzido.
Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/pinguim-de-asÃ9lia
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Alguma questão?
Uma das ideias deste blogue era conseguir mais algum feedback. Através desta plataforma os alunos poderiam colocar algumas questões sobre dúvidas que lhes fossem surgindo durante o estudo. E como mais um teste se aproxima (e as notas do ultimo não foram lá muito boas) já deve estar na hora de se começar a pensar em fortalecer as fraquezas e polir os fortes do conhecimento.
Por isso coloquem as questões que quiserem como comentário a este post, sugestões para futuras entradas no blogue (coisas que quisessem saber), qualquer coisa!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Rituais de Acasalamento - Aves
Para garantir a sobrevivência da próxima geração, muitas espécies escolhem os seus parceiros de acordo com uma elaborada serie de critérios que se traduzem num Ritual de Acasalamento.
À primeira vista pode não o parecer, mas o pavão com a cauda mais bela e maior é o mais forte deles todos. Para começar tem de estar bem alimentado para ter as penas em ordem e grandes. Depois, mesmo com todo aquele peso e cores garridas tem de ser capaz de se defender e esconder de predadores. Aqueles que chegam vivos à época de reprodução com uma esplêndida cauda bem cuidada e bem grande devem ser mesmo muito poderosos.
Mas há certos rituais que são um pouco mais estranhos e difíceis de compreender à primeira vista:
http://www.youtube.com/watch?v=VjE0Kdfos4Y
No link está um fascinante filme de uma ave que cria a sua própria canção de acasalamento. Para tal não hesita em usar excertos de cantos de outras aves e sons diversos, como máquinas fotográficas e motosserras. Uma ave que seja capaz de ter uma canção muito elaborada e um espaço bom para a cantar é certamente uma ave capaz de manter domínio sobre uma área e capaz de encontrar alimento facilmente, pois acaba por ter muito tempo livre para escutar o meio que a envolve e para a sua canção. E ainda tem belas penas para cuidar.
E depois há ainda aqueles que constroem impressionantes estruturas com tesouros, comida, flores tudo o mais para impressionar as fêmeas.
http://www.youtube.com/watch?v=GPbWJPsBPdA
Hermes e Afrodite
Afrodite é a deusa grega da beleza e do amor, conhecida entre os romanos como Vénus.
Hermes por seu lado era o correspondente do romano Mercúrio. Nas mitologias Greco-Romanas as divindades não se apresentam em pares regentes dos mesmos domínios. Hermes não é o deus do amor, mas o deus da interpretação da vontade dos deuses (de onde vem a palavra hermenêutica), adivinhação, dos pastores, dos ladrões, dos viajantes (pelo que os caminhos eram marcados com “hermas”), etc. é geralmente representado com asas nos pés e com um caduceu. O caduceu é um bastão alado com duas cobras enroladas, que geralmente é confundido com o bastão de Asclepius (Deus da medicina) que é um bastão com uma cobra enrolada. Portanto no símbolo do INEM temos o Bastão de Asclepius, mas nas farmácias costuma aparecer o Caduceu ou uma mistura entre os dois, algo que acontece apenas por descuido ou “liberdade artística”, pois o conteúdo do símbolo é descartado e este passa a ser encarado apenas como um simples ornamento.
É verdade que a informação que foi dada durante a aula não era exactamente esta, mas era a que estava apresentada num outro livro de BG. Notar que era um livro de BG e não de historia nem mitologia, por isso não há azar.
A confusão deverá vir de um dos filhos de Vénus, Cupido. Embora a sua representação seja hoje em dia a de um bebé com asas até esta forma tem um motivo antigo. Talvez seja mais fácil explicar com referência ao grego.
Afrodite é a deusa do amor, mas do amor carnal. O seu filho Eros (cupido romano) é o deus do amor. Costuma aparecer na forma de uma criança com asas, apenas na presença do sei irmão Anteros é que toma uma forma de adulto, desta feita um adulto com asas (de onde poderá vir a confusão com Hermes). Anteros é algo como Ante-Eros, frente a Eros, representa o amor correspondido, e tem a forma de um homem com asas de borboleta (por vezes mesmo assim cobertas de penas). Se o amor não for correspondido, não passará de uma espécie de embrião, algo que ainda não cresceu, só amadurecer e se torna verdadeiro, adulto, se for correspondido; mas mesmo assim, como uma criança, está cheio de potencial. E Anteros também castiga aqueles que não bastando não corresponder ao amor dos outros ainda fazem pouco deles.
Será que Anteros tem algo a ver com anteras, uma estrutura reprodutora das plantas?
E agora Hermafrodita. Este é precisamente o filho de Hermes e Afrodite (enquanto Eros e Anteros são filhos de Marte, o deus da guerra, e de Afrodite). Representa a união entre o princípio masculino e o feminino, sendo a sua representação a de um ser andrógino, nem homem nem mulher, mas os dois ao mesmo tempo.
Representação Alquimica...
E para descomprimir aqui fica um filme de duas lesmas leopardo (hermefroditas) a efectuarem fecundação cruzada. É bastante interessante e até se pode dizer que tem uma certa beleza.
http://www.youtube.com/watch?v=FhVi4Z6CjZk
Mitologia é um dos meus passatempos
Já agora, não confundir Cupido com Puttu (de onde vem o nosso puto) que é um… puto com asas. Também não confundir com querubim, que é diferente destes dois anteriores. Mas isso é outra história para outro blog.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Parasitismo e "Simbiose à força?"
O Cymothoa exigua é um crustáceo muito estranho. Ataca unicamente uma espécie de peixe. Quando encontra um hospedeiro começa o seu ataque parasitando-o. Lentamente, vai-lhe sugando sangue da língua que a pouco e pouco vai atrofiando. A certo o peixe acaba por ficar sem língua. Neste momento é que a coisa fica estranha.
O Cymothoa exigua fixa-se no lugar da língua do peixe (onde se continua a alimentar através dos vasos sanguíneos que forneciam sangue à ida língua) de tal modo que o próprio peixe passa a poder o usar como língua! Pelo que se constatou o peixe não apresenta desvantagem nenhuma em ter uma língua falsa em vez de uma verdadeira, sendo que o Cymothoa exigua funciona perfeitamente bem como língua. O modo como se fixa permite o peixe o usar do mesmo modo que a sua língua natural.
Aqui está um ponto interessante. Sem o parasita o peixe morreria em pouco tempo, e o parasita sem o peixe passaria fome e morreria também. Poderá considerar-se Simbiose? Neste ponto parece ser, mas anteriormente houve um caso inquestionável de parasitismo. Simbiose à força? Nem por isso. É mesmo parasitismo.
O queijo mais “forte” do mundo
Este é o queijo mais forte do mundo. É tão forte que é proibido na Sardanha, que, numa estranha coincidência, é o único sitio que o produz.
Quem sabe de queijo, sabe que há queijos ditos “picantes” que por vezes, se forem fortes, só o cheiro chega para trazer lágrimas aos olhos.
Ora bem, este Queijo, o “Casu marzuda” Sardenha é muito mais forte, pois tem um poder extra, este é o mítico queijo das lagartas. Para ser mais preciso, das larvas de mosca. Dentro deste queijo existem larvas de uma mosca, a “Piophila casei”. As larvas de mosca são decompositores, por isso aceleram a degradação das proteínas e lipidos do leite, transformando-as em algo que o simples processo de fabrico de queijo não é capaz. Será que vale a pena referir que“Casu marzuda” quer dizer queijo podre?
As larvas são capazes de saltar, de modo que dá jeito proteger os olhos enquanto se come este queijo, pois é tão forte que as larvas tentam fugir sempre que têm hipótese, e fazem-no saltando.
O queijo é proibido precisamente por causa das larvas. Estas são tão resistentes que resistem à digestão. O seu aparelho bocal é tão forte que muitas das vezes, passado o estômago, tentam provocar as paredes do intestino, provocando assim dores abdominais, vómitos e diarreia com sangue.
O próprio queijo tem vergonha de si mesmo, pelo que liberta uma exodação chamada de “lágrima”. Sim, ele chora por ser o que é, o Queijo mais “forte” do mundo.
Bio Meat
Depois de um dia de escola a última coisa que se quer é estudar. Qualquer coisa parece ser mais apelativa que os livros da escola. Ver televisão, um filme, ler um livro, qualquer coisa para descomprimir. Mas há que ser mais forte que isso e estudar, este ano é a doer.
Mas também se pode aprender e rever a matéria ao mesmo tempo que nos divertimos, para quem estiver interessado vou fazer algumas recomendações.
Uma sugestão é para uma série de Manga chamada “BioMeat: Nectar”.
Bio-Meat: Nectar é uma série de Terror, ideal para esta época, que se inicia depois da mudança de hora e se prolonga até ao solstício de inverno.
Sinopse: A humanidade atravessa uma grave crise. Os aterros sanitários não chegam para a quantidade de resíduos produzidos e as autoridades sanitárias têm dificuldade em arranjar onde colocar tantos desperdícios. Ao mesmo tempo a escassez de alimentos começa a torna-se um problema cada vez mais sério, principalmente nos grandes centros urbanos, onde a densidade populacional crescente requer cada vez mais recursos para uma área menor. E então, no meio disto tudo surge uma solução: BioMeat, ou BM, um organismo geneticamente desenvolvido para se alimentar de desperdícios, que se multiplica sozinho e que pode ser usado para alimentação humana. Os problemas parecem estar todos resolvidos.
Mas o que é que aconteceria se um ser capaz de comer de tudo e com a capacidade de se reproduzir sozinho se soltasse?
A história percorre três incidentes diferentes.
Analise com alguns (mas poucos) spoylers: De um ponto de vista científico a história está impecável. Aborda temas interessantes: aumento populacional, que leva a problemas de poluição e estes de recursos.
O organismo em causa, o BioMeat reproduz-se assexuadamente por Partenogénese. Cada indivíduo alimenta-se até ter reservas de alimento suficiente para produzir uma ninhada de cerca de seis pequenos BMs mais pequenos, e geneticamente iguais a si.
Ao contrário do que as pessoas que vivem no mundo onde a historia se passa são levadas a crer, o BioMeat não é uma vaca nem um porco geneticamente alterado para comer lixo, em vez disso é um ser desenhado geneticamente, e como tal bastante simples.
Na segunda parte, dois anos após o primeiro incidente aparece uma outra versão do BM um US-BM (um BioMeat americano). Este apresenta características semelhantes à versão japonesa, mas com uma taxa metabólica muito mais rápida e com uma reprodução assexuada por esporulação. A sua elevadíssima taxa metabólica requer uma velocidade de mitose também ela mais elevada, pelo que os vários mecanismos de verificação da integridade genética têm tendência a não funcionarem correctamente. Esse mesmo detalhe permite o aparecimento de gerações ligeiramente diferentes, pois os descendentes, mesmo sendo gerados por um processo de reprodução assexuada (esporulação) que se baseia na mitose, se a mitose correr mal a informação que é transmitida para a segunda geração irá com erros, e como tal vão ser diferente do progenitor.
Uma série para nervos fortes e com Biologia à mistura.
Como seria de esperar esta não se encontra disponível em nenhuma editora nacional. Mas pode ser consultada na internet neste sítio:
http://www.onemanga.com/BioMeat_-_Nectar/
Ou descarregada no sitio dos tradutores:
http://www.snoopycool.com/manga/biomeat/index.html
Mas também se pode aprender e rever a matéria ao mesmo tempo que nos divertimos, para quem estiver interessado vou fazer algumas recomendações.
Uma sugestão é para uma série de Manga chamada “BioMeat: Nectar”.
Bio-Meat: Nectar é uma série de Terror, ideal para esta época, que se inicia depois da mudança de hora e se prolonga até ao solstício de inverno.
Sinopse: A humanidade atravessa uma grave crise. Os aterros sanitários não chegam para a quantidade de resíduos produzidos e as autoridades sanitárias têm dificuldade em arranjar onde colocar tantos desperdícios. Ao mesmo tempo a escassez de alimentos começa a torna-se um problema cada vez mais sério, principalmente nos grandes centros urbanos, onde a densidade populacional crescente requer cada vez mais recursos para uma área menor. E então, no meio disto tudo surge uma solução: BioMeat, ou BM, um organismo geneticamente desenvolvido para se alimentar de desperdícios, que se multiplica sozinho e que pode ser usado para alimentação humana. Os problemas parecem estar todos resolvidos.
Mas o que é que aconteceria se um ser capaz de comer de tudo e com a capacidade de se reproduzir sozinho se soltasse?
A história percorre três incidentes diferentes.
Analise com alguns (mas poucos) spoylers: De um ponto de vista científico a história está impecável. Aborda temas interessantes: aumento populacional, que leva a problemas de poluição e estes de recursos.
O organismo em causa, o BioMeat reproduz-se assexuadamente por Partenogénese. Cada indivíduo alimenta-se até ter reservas de alimento suficiente para produzir uma ninhada de cerca de seis pequenos BMs mais pequenos, e geneticamente iguais a si.
Ao contrário do que as pessoas que vivem no mundo onde a historia se passa são levadas a crer, o BioMeat não é uma vaca nem um porco geneticamente alterado para comer lixo, em vez disso é um ser desenhado geneticamente, e como tal bastante simples.
Na segunda parte, dois anos após o primeiro incidente aparece uma outra versão do BM um US-BM (um BioMeat americano). Este apresenta características semelhantes à versão japonesa, mas com uma taxa metabólica muito mais rápida e com uma reprodução assexuada por esporulação. A sua elevadíssima taxa metabólica requer uma velocidade de mitose também ela mais elevada, pelo que os vários mecanismos de verificação da integridade genética têm tendência a não funcionarem correctamente. Esse mesmo detalhe permite o aparecimento de gerações ligeiramente diferentes, pois os descendentes, mesmo sendo gerados por um processo de reprodução assexuada (esporulação) que se baseia na mitose, se a mitose correr mal a informação que é transmitida para a segunda geração irá com erros, e como tal vão ser diferente do progenitor.
Uma série para nervos fortes e com Biologia à mistura.
Como seria de esperar esta não se encontra disponível em nenhuma editora nacional. Mas pode ser consultada na internet neste sítio:
http://www.onemanga.com/BioMeat_-_Nectar/
Ou descarregada no sitio dos tradutores:
http://www.snoopycool.com/manga/biomeat/index.html
sábado, 1 de novembro de 2008
A história do Boi e do Cão…
Aquilo a que se chama genericamente de carne, aquilo que procuramos principalmente num boi para comermos é músculo. Por isso o objectivo da criação de gado tem sempre sido de obter o boi com uma boa musculatura. O processo de seleccionar que animais permitem procriar, de modo a obter descendentes com as características dos progenitores chama-se Selecção Artificial.
A certo ponto, na Bélgica surgiu um grupo de animais com uma certa característica, o músculo duplo (nome relativo ao tamanho do musculo). Esta característica é devida a uma mutação num gene, o da produção de miostatina (que serve para controlar o crescimento muscular) que torna este gene ilegível, e como tal, não funcional.
O resultado é o Belgian Blue, ou o Belga Azul em português.
Esta mesma deficiência já foi encontrada em mais animais, como em Galgos.
Ambos estes animais apresentam uma semelhança, são o resultado de selecções cada vez mais apuradas, ou seja, de um grupo de animais que devido à selecção tem vindo a ter o seu fundo genético reduzido, de modo à variabilidade ser a mínima. Como tal certos erros genéticos, mutações e deficiências começam a tornar-se cada vez mais prevalecentes.
A miostatina é sintetizada pelos nossos músculos, ou seja, quantos mais músculos tivermos mais é libertada, inibindo o crescimento dos mesmos. Trata-se de um mecanismo de auto regulação, para não sobrecarregar os nossos órgão com a manutenção de uma massa muscular enorme.
E já foi possível reproduzir a deficiência em ratos de laboratório. O que é uma grande ideia, super ratos, como se os normais não fossem chatos.
Mas seriamente, isto está a ser estudado com um bom propósito, ajudar a tratar doenças degenerativas. Além de que já se conhecem outras proteínas sintetizadas pelo nosso organismo com efeitos semelhantes, pelo que o próximo passo é fazer ratos ainda maiores.
A certo ponto, na Bélgica surgiu um grupo de animais com uma certa característica, o músculo duplo (nome relativo ao tamanho do musculo). Esta característica é devida a uma mutação num gene, o da produção de miostatina (que serve para controlar o crescimento muscular) que torna este gene ilegível, e como tal, não funcional.
O resultado é o Belgian Blue, ou o Belga Azul em português.
Esta mesma deficiência já foi encontrada em mais animais, como em Galgos.
Ambos estes animais apresentam uma semelhança, são o resultado de selecções cada vez mais apuradas, ou seja, de um grupo de animais que devido à selecção tem vindo a ter o seu fundo genético reduzido, de modo à variabilidade ser a mínima. Como tal certos erros genéticos, mutações e deficiências começam a tornar-se cada vez mais prevalecentes.
A miostatina é sintetizada pelos nossos músculos, ou seja, quantos mais músculos tivermos mais é libertada, inibindo o crescimento dos mesmos. Trata-se de um mecanismo de auto regulação, para não sobrecarregar os nossos órgão com a manutenção de uma massa muscular enorme.
E já foi possível reproduzir a deficiência em ratos de laboratório. O que é uma grande ideia, super ratos, como se os normais não fossem chatos.
Mas seriamente, isto está a ser estudado com um bom propósito, ajudar a tratar doenças degenerativas. Além de que já se conhecem outras proteínas sintetizadas pelo nosso organismo com efeitos semelhantes, pelo que o próximo passo é fazer ratos ainda maiores.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Reprodução Assexuada
Reprodução Assexuada
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Atenção, este PowerPoint é bastante grande, por isso demora um pouco (mas um pouco grande) a carregar. Podem ir ao site onde ele está para fazer Download.
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Teste dia 24
Como devem saber, o teste vai ser dia 24 bem cedinho. Claro que há alguma tentação de deixar o estudo para as últimas, o que implica que este teria de ser lá por quinta-feira, o que nem seria mau, pois vai haver uma aula no último tempo de revisões.
A parte que me parece mais complicada é que a matéria para o exame não é só o que foi dado (e ainda vai ser dado para a semana) mas também boa parte da matéria de Biologia do 10º (até por volta da pagina 69, digestão intra e extra celular, bem depois da constituição da célula e tal), o estudar em cima da hora pode não funcionar lá muito bem.
Mas hás terças-feiras, das 15:15 às 16:45 a professora dá Sala de Estudo na sala 08. Como desde o começo do ano (ok, como quase desde o começo do ano) eu e a professora Maria João também lá vamos estar. Acho que é uma oportunidade para retirar dúvidas e relembrar matéria.
Durante o fim-de-semana vou tentar colocar mais informação, recursos e outras coisitas mais aqui no blogue para dar uma ajudinha.
Boa sorte!
A parte que me parece mais complicada é que a matéria para o exame não é só o que foi dado (e ainda vai ser dado para a semana) mas também boa parte da matéria de Biologia do 10º (até por volta da pagina 69, digestão intra e extra celular, bem depois da constituição da célula e tal), o estudar em cima da hora pode não funcionar lá muito bem.
Mas hás terças-feiras, das 15:15 às 16:45 a professora dá Sala de Estudo na sala 08. Como desde o começo do ano (ok, como quase desde o começo do ano) eu e a professora Maria João também lá vamos estar. Acho que é uma oportunidade para retirar dúvidas e relembrar matéria.
Durante o fim-de-semana vou tentar colocar mais informação, recursos e outras coisitas mais aqui no blogue para dar uma ajudinha.
Boa sorte!
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Uma sala de aula Virtual
Muitas universidades portuguesas estão a criar representantes suas no “mundo virtual”. Até a nossa próxima Universidade de Aveiro possui uma ilha no Second Life com infra-estruturas também elas virtuais para dar aulas virtuais sobre assuntos virtuais.
Segundo muitos professores de didáctica da UA, os mundos virtuais apresentam uma nova e maravilhosa oportunidade para… didáctica…?
Como este núcleo de estágio não tem centenas de euros para gastar em manutenção de espaços didácticos virtuais teve de se contentar com algo mais modesto. Não estou a falar deste Blogue, mas de uma sala de aula virtual! Aqui está ela:
http://www.lively.com/dr?rid=-2562134504538284031
É um sítio engraçado para visitarem, e os quadros brancos têm hiperligações para jogos relacionados com a matéria.
Agora podem gabar-se de serem a única turma da Escola a ter uma sala de aulas virtual.
Segundo muitos professores de didáctica da UA, os mundos virtuais apresentam uma nova e maravilhosa oportunidade para… didáctica…?
Como este núcleo de estágio não tem centenas de euros para gastar em manutenção de espaços didácticos virtuais teve de se contentar com algo mais modesto. Não estou a falar deste Blogue, mas de uma sala de aula virtual! Aqui está ela:
http://www.lively.com/dr?rid=-2562134504538284031
É um sítio engraçado para visitarem, e os quadros brancos têm hiperligações para jogos relacionados com a matéria.
Agora podem gabar-se de serem a única turma da Escola a ter uma sala de aulas virtual.
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Lost in Translation
A actual matéria apresenta um sério desafio tanto a alunos como a professores. Os alunos sentem muitas vezes que a matéria apresentada é demasiado abstracta. E o próprio professor acaba também se deparar com esse mesmo problema. Estamos a falar de fenómenos que ocorrem à escala molecular e celular, pelo que são difíceis de observar e de apresentar.
A alternativa é recorrer a ilustrações, modelos, desenhos e esquemas.
Existe muito material interessante espalhado um pouco por todo o lado, desde publicações científicas, livros, bibliotecas académicas, bases de dados de teses e dissertações, a Internet, revistas e jornais. Mas aqui começam a surgir problemas. Muita da informação, pelo menos a mais, diremos, divertida (como jogos e esquemas animados) encontra-se ou em Inglês ou em Brasileiro.
Não seria de esperar que o brasileiro fosse um obstáculo, mas por mais próximo que esteja do português, está muito longe deste em termos científicos. Os termos científicos brasileiros são diferentes dos portugueses, sendo muitas vezes flagrantes inglesismos. Como tal, o estudo por material do Brasil terá de ter sempre em conta esse detalhe importante, que os termos técnicos podem não ser os aceites por cá. Terá de haver uma atenção e tradução simultânea por parte do usuário.
A minha preocupação torna-se cada vez maior, pois poucos recursos há em Português, e o que aparece com maior facilidade na Internet é efectivamente sites de Universidades Brasileiras com excelente material, mas linguisticamente incompatível…
E inglesismo por inglesismo sempre temos DNA (desoxyribonucleic acid) em vez de ADN (ácido desoxirribonucleico)…
A alternativa é recorrer a ilustrações, modelos, desenhos e esquemas.
Existe muito material interessante espalhado um pouco por todo o lado, desde publicações científicas, livros, bibliotecas académicas, bases de dados de teses e dissertações, a Internet, revistas e jornais. Mas aqui começam a surgir problemas. Muita da informação, pelo menos a mais, diremos, divertida (como jogos e esquemas animados) encontra-se ou em Inglês ou em Brasileiro.
Não seria de esperar que o brasileiro fosse um obstáculo, mas por mais próximo que esteja do português, está muito longe deste em termos científicos. Os termos científicos brasileiros são diferentes dos portugueses, sendo muitas vezes flagrantes inglesismos. Como tal, o estudo por material do Brasil terá de ter sempre em conta esse detalhe importante, que os termos técnicos podem não ser os aceites por cá. Terá de haver uma atenção e tradução simultânea por parte do usuário.
A minha preocupação torna-se cada vez maior, pois poucos recursos há em Português, e o que aparece com maior facilidade na Internet é efectivamente sites de Universidades Brasileiras com excelente material, mas linguisticamente incompatível…
E inglesismo por inglesismo sempre temos DNA (desoxyribonucleic acid) em vez de ADN (ácido desoxirribonucleico)…
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
a mitose no utube
oi de novo
cá vai a animação em inglês sobre a mitose
http://www.youtube.com/watch?v=5gV5OML7jtA
espero que gostem!
cá vai a animação em inglês sobre a mitose
http://www.youtube.com/watch?v=5gV5OML7jtA
espero que gostem!
ciclo celular
Olá a todos!
Como prometido cá fica a apresentação sobre o ciclo celular.
Bom fim de semana!
Como prometido cá fica a apresentação sobre o ciclo celular.
Bom fim de semana!
Ciclo Celular
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mitose,
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Arranque de operações
Sejam bem-vindos a este blogue. Deves ser um aluno particularmente astuto e interessado para efectivamente te dares ao trabalho de gastar algum do teu tempo livre para vir aqui. Esperamos não te desapontar, valorizar o teu tempo e recompensar o teu interesse.
Neste espaço virtual serão, como anunciado na aula, colocados alguns materiais. Estes materiais serão diversos, desde os diapositivos usados pelos professores estagiários nas suas aulas e material extra como hiperligações para sítios interessantes, filmes didácticos, curiosidades científicas, etc.
Boa sorte e mãos à obra!
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