Hermafroditismo em mamíferos: o caso dos ursos polares
Entre os vertebrados, e em particular, entre os mamíferos, a ocorrência de hermafroditismo não é natural, podendo ocorrer, no entanto, como consequência de anomalias genéticas.
Recentemente, uma equipa de cientistas liderada pelo canadiano Derek Muir, debruçou-se sobre a contaminação de ursos polares (Ursus maritimus) por várias substâncias, entre as quais os PBDEs (éteres polibromatos difenilos), utilizados como retardantes de chama em tecidos até aos anos 60. Testes laboratoriais apontam para a presença destas substâncias no tecido adiposo dos urso e algumas anomalias a nível hormonal, que contribuem para o enfraquecimento dos sistemas imunológicos, alteração da estrutura óssea e para o aparecimento de um elevado índice de hermafroditismo entre estes animais.
Como é sabido, a concentração de poluentes é magnificada ao longo da cadeia alimentar desde o plâncton para o peixe e até aos mamíferos marinhos como as focas, as baleias e os ursos polares. De facto, os cientistas determinaram que as concentrações de PBDEs no tecido adiposo dos ursos é 71 vezes maior que nas focas, as suas presas preferenciais.
Os ursos mais contaminados encontram-se no leste da Gronelândia e nas ilhas norueguesas de Svalbard, onde estas substâncias químicas aparecem em concentrações 10 vezes superiores às dos ursos do Alasca e 4 vezes superiores às dos ursos do Canadá. Em Svalbard, a proporção de animais hermafroditas situa-se nuns preocupantes 2%. Estima-se que actualmente existam 22 000 ursos polares, a maioria deles no Canadá. Em Svalbard são 3 000.
Adaptado de http://news.independent.co.uk/environment/article337581.ece
Entre os vertebrados, e em particular, entre os mamíferos, a ocorrência de hermafroditismo não é natural, podendo ocorrer, no entanto, como consequência de anomalias genéticas.
Recentemente, uma equipa de cientistas liderada pelo canadiano Derek Muir, debruçou-se sobre a contaminação de ursos polares (Ursus maritimus) por várias substâncias, entre as quais os PBDEs (éteres polibromatos difenilos), utilizados como retardantes de chama em tecidos até aos anos 60. Testes laboratoriais apontam para a presença destas substâncias no tecido adiposo dos urso e algumas anomalias a nível hormonal, que contribuem para o enfraquecimento dos sistemas imunológicos, alteração da estrutura óssea e para o aparecimento de um elevado índice de hermafroditismo entre estes animais.
Como é sabido, a concentração de poluentes é magnificada ao longo da cadeia alimentar desde o plâncton para o peixe e até aos mamíferos marinhos como as focas, as baleias e os ursos polares. De facto, os cientistas determinaram que as concentrações de PBDEs no tecido adiposo dos ursos é 71 vezes maior que nas focas, as suas presas preferenciais.
Os ursos mais contaminados encontram-se no leste da Gronelândia e nas ilhas norueguesas de Svalbard, onde estas substâncias químicas aparecem em concentrações 10 vezes superiores às dos ursos do Alasca e 4 vezes superiores às dos ursos do Canadá. Em Svalbard, a proporção de animais hermafroditas situa-se nuns preocupantes 2%. Estima-se que actualmente existam 22 000 ursos polares, a maioria deles no Canadá. Em Svalbard são 3 000.
Adaptado de http://news.independent.co.uk/environment/article337581.ece
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