segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mistérios da vida

Sinceramente não percebo isto.



é que é um anfibio... e não muito social...



e este é de outra especie ainda por cima...



mas antes de irem por aí a tentarem isto, tenham cuidado:



Mesmo assim não percebo.
Não estão a inchar nem a segregar veneno, por isso não se sentem ameaçados, e parecem estar a "gostar"? Há mais filmes destes, e nesses o sapos até coacham. Se depois fizerem um search por mais vedeos dessa especie de sapo e ouvirem o coachar deles quando estão a sentir-se ameaçados, quando estão a caçar, ou quando estão a atrair par, o coachar é diferente... O que quer isto dizer?
Bem, a pele dos sapos é extremamente sensivel, mas... Cheira-me a projecto de Doutoramento cá na UA!

domingo, 17 de janeiro de 2010

A importância dos Ratos que se Riem

Como disse anteriormente uma das coisas que gostaria de fazer como investigador era cócegas a ratos. Estamos a falar de “ratos” em termos de laboratório, e não os típicos “ratinhos”.
Quando se ouve falar nisto pela primeira vez o mínimo que pode acontecer é uma pessoa sorrir, pois o conceito é em si engraçado, ratos que se riem quando lhes fazem cócegas.
Mas por detrás de algo aparentemente simples e ao mesmo tempo disparatado está investigação de ponta em vários ramos.
Um filme dos ratos para começar:



Ora bem, os ratos são animais capazes de vocalizações, ou seja, de transmitirem informação entre si através de som. Mas, como muitos animais, estas vocalizações limitam-se a coisas simples mas que influenciam a capacidade de sobrevivência, como sons para anunciar perigo, comida, dor, etc.
Mas agora descobriu-se que os ratos riem-se. Basicamente que anunciam que estão contentes e felizes. É verdade que isso quer dizer que há um aumento de certas hormonas no cérebro do rato que o faz sentir bem e relaxado, mas será importante para a sobrevivência para ser assim anunciado?
Os estudos apontam para que os ratos gostam mesmo muito de cócegas. A princípio podem estranhar a mão da pessoa, mas com o tempo até a perseguem para brincarem. Os ratos que são assim criados são animais mais sociáveis entre si, têm níveis de stress menor, são muito menos agressivos e brincam uns com os outros mais.
Muitas ciências estão interessadas nisto, particularmente ciências humanas, as quais vêm agora no riso uma das chaves para a socialização humana e para o inicio da linguagem. Porque sinceramente, porque raio estão os ratos a dizer que estão contentes? Em que ponto influencia isso a sua sobrevivência? Provavelmente no mesmo ponto em que grande literatura, conversas de café e ler blogs influenciam a nossa.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Diz-se “Ano Novo Vida Nova”, e existe uma certa sabedoria nisto, no entanto a sabedoria é antiga e misteriosa, pelo que não se deixa desvendar rapidamente nem facilmente. Os Antigos codificavam o seu saber em palavras e símbolos, imbuindo-as de várias camadas de significado, trata-se de uma maneira de condensar o saber. Mas no mundo actual não há tempo para pensar sobre as palavras, sobre as expressões e sobre as coisas, limitamo-nos a ficar pela forma exterior sem tentar perceber o que está lá dentro, que sumo, que sabedoria oculta se encontra escondida nas coisas simples do dia-a-dia. Porque é que as coisas são como são?
Ano Novo Vida Nova.
Uma referência a um ciclo. O ano que acaba representa um ciclo, que assim terminado dá lugar a um novo, cheio de vida nova. O nosso calendário é Solar, tendo como base o movimento do sol, pelo que o fim do ciclo coincide com o renascer do Sol. Até ao solstício de Inverno os dias têm sido cada vez mais pequenos, até que chega o dia mais pequeno do ano, ou melhor, a maior noite. O Sol está a morrer. Para renovar o seu poder este tem de renascer, como todos os dias, mas vencendo a noite. Por todo o mundo as tradições pedem por fogos que durem vários dias, por celebrações de energia e calor, por “demónios” mascarados que afugentem o inverno e a noite, para que o Sol volte a ter Vida Nova e recomece o seu ciclo.
O Ciclo Solar está ligado às estações, e como tal à agricultura, e assim, com a Vida.



Mas nós, “o povo do relógio” (como os aborígenes nos chamam) não seguimos bem este calendário. O momento em que o nosso ciclo se quebra e um novo começa é afinal no verão, quando o ciclo rotineiro de aulas ou trabalho acaba, e outro começa. Isso sim é que é a verdadeira passagem de ano. Tão completa é que até há a representação do domínio do caos (noite) sobre a ordem (dia) com… bem, festa, diversão e maluquice.

De qualquer modo tradição é tradição. Eu já não sou novo e tenho de começar a pensar no que quero fazer da minha vida. Estive a pensar e a pensar e isto de investigação é muito porreiro, e não me importava de continuar nisto. Também gostei mesmo muito de dar aulas, mas as coisas que acontecem nos bastidores… só de pensar nisso até fico mal disposto.
Bem, tenho aqui um top três de trabalhos que gostava de ter:
- Crow Researcher :
http://language.psy.auckland.ac.nz/crows/
http://users.ox.ac.uk/~kgroup/

- Rat Tickler
http://www.youtube.com/watch?v=j-admRGFVNM

- Pet Fox Trainer
http://cbsu.tc.cornell.edu/ccgr/behaviour/Index.htm
E ver um post antigo

Isto sim, isto é que é. E para além do potencial de serem trabalhos divertidos as investigações por detrás destes trabalhos são muito interessantes.