domingo, 17 de janeiro de 2010

A importância dos Ratos que se Riem

Como disse anteriormente uma das coisas que gostaria de fazer como investigador era cócegas a ratos. Estamos a falar de “ratos” em termos de laboratório, e não os típicos “ratinhos”.
Quando se ouve falar nisto pela primeira vez o mínimo que pode acontecer é uma pessoa sorrir, pois o conceito é em si engraçado, ratos que se riem quando lhes fazem cócegas.
Mas por detrás de algo aparentemente simples e ao mesmo tempo disparatado está investigação de ponta em vários ramos.
Um filme dos ratos para começar:



Ora bem, os ratos são animais capazes de vocalizações, ou seja, de transmitirem informação entre si através de som. Mas, como muitos animais, estas vocalizações limitam-se a coisas simples mas que influenciam a capacidade de sobrevivência, como sons para anunciar perigo, comida, dor, etc.
Mas agora descobriu-se que os ratos riem-se. Basicamente que anunciam que estão contentes e felizes. É verdade que isso quer dizer que há um aumento de certas hormonas no cérebro do rato que o faz sentir bem e relaxado, mas será importante para a sobrevivência para ser assim anunciado?
Os estudos apontam para que os ratos gostam mesmo muito de cócegas. A princípio podem estranhar a mão da pessoa, mas com o tempo até a perseguem para brincarem. Os ratos que são assim criados são animais mais sociáveis entre si, têm níveis de stress menor, são muito menos agressivos e brincam uns com os outros mais.
Muitas ciências estão interessadas nisto, particularmente ciências humanas, as quais vêm agora no riso uma das chaves para a socialização humana e para o inicio da linguagem. Porque sinceramente, porque raio estão os ratos a dizer que estão contentes? Em que ponto influencia isso a sua sobrevivência? Provavelmente no mesmo ponto em que grande literatura, conversas de café e ler blogs influenciam a nossa.

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