segunda-feira, 22 de junho de 2009

Está aí alguém?

Nem interessa. Durante os próximos tempos, por um pouco de ócio e de diversão, vou postar mais umas coisas.
A ciência é algo que fascina quem a estuda. E não tenham ilusões, no liceu não se estuda ciência. O objectivo actual do sistema de ensino é preparar os alunos para passarem nos exames. No começo do ano aparece uma lista, em termos gerais, do que poderá lá aparecer. Conjuntamente há directrizes sobre o que se pode e se tem de dizer e não se pode dizer nas salas de aulas. Muitos professores preferem então simplificar as coisas, e optam por dar a matéria com uma serie de exemplos simples, mas que deram provas de terem funcionado. No entanto toda a gente sabe que nos exames nacionais os exemplos não são triviais. Além disso, os exercícios são a conjunção de várias partes da matéria.
Mas afinal é assim que é o mundo. Não há barreiras na realidade, é tudo contínuo. Existe então uma falta de comunicação entre quem desenha os programas e quem idealiza a avaliação (um é o ministério directamente e o outro o GAVE).
Bem, a ciência pode ser vista como uma pirâmide, embora pouca gente goste de ouvir isto assim, principalmente quando ainda não tem uma visão geral. A base é a matemática, que não é uma ciência, esta na realidade fornece as ferramentas para as outras ciências trabalharem. A seguir vem a Física, que usa a matemática para descrever a realidade, depois a química, que se cruza em várias partes com a física (termodinâmica) para descrever as substâncias, numa escala maior e as suas interacções. Então é que vem a Geologia e a Biologia.
Vamos a exemplos porreiros de como a ciência é do catano.
Já devem ter ouvido falar em “coloides”. Na continuidade que existe na realidade, a barreira entre o estado líquido e sólido não é então linear, e existem substancia que não são nem uma coisa nem outra. O citoplasma é um exemplo. E este filme exemplifica um coloide, que para além de servir para pôr dar um murro na cara de Newton (é um fluido não Newtoniano porque desobedece à física clássica) pode ser facilmente preparado em casa:



E depois há ferro fluidos, que é mais magia que física. Não, na realidade a Física é que cada vez demonstra que o velhinho método científico tem as suas falhas, e que o mundo é muito mais fascinante do que o nosso senso comum (nascido numa visão tridimensionar do mundo, com uma linha temporal linear) também tem falhas.





E para descomprimir que tal um vislumbre do fim dos tempos?

http://www.telegraph.co.uk/news/picturegalleries/picturesoftheday/5443342/Pictures-of-the-day-4-June-2009.html?image=1

Já fazem lanças, deitam abaixo redes de fibra óptica, roubam doces a crianças, fazem apagões e agora “voam” com planadores. Eles vêm aí!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Naruto

Naruto concretamente uma salsicha de peixe.
Devem conhecer uma coisa que se vende nos super mercados chamada de “delícias do mar”, pois bem, isso é baseado numa receita japonesa: Surimi. Podem ler bem a embalagem, porque por vezes vem lá mesmo assinalado esse nome.
Estas salsichas são confeccionadas fazendo um puré com vários peixes. Esta pasta de peixe é depois moldada em barras e cozida em vapor.
Normalmente há a variedade Branca e a Vermelha. Quando se confecciona uma salsicha de peixe mista (com as duas cores) esta obtém o nome de Kamaboko.
Um dos locais famosos pelas suas Kamaboko é a cidade japonesa de Naruto. Esta cidade fica perto do estreito que separa as duas das grandes ilhas do arquipélago, Honshou e Shikoku. Isto faz com que a cidade seja palco de um raro espectáculo: Naruto no Uzushio, os remoinhos de Naruto.





Ora bem, isto é uma grande atracão turística, desde há muitos anos. Como tal, a Kamaboko feita nesta cidade apresenta a parte vermelha em forma de espiral no centro e é chamada de Naruto, ou Narutomaki.



Mas depois da manga da semana passada acho que já toda a gente sabe…
De qualquer modo é importante ter em conta como os fenómenos naturais, a paisagem e o ciclo das estações influenciam a cultura humana. Alguns de forma directa e anunciada, outros através de pequenas coisas do dia-a-dia que pouca gente repara nelas.
Sabiam que o mineral que era usado para dar a cor azul nas janelas típicas alentejanas é um repelente natural de insectos? As janelas não se pintam de azul à volta pelo estilo, é por utilidade. Claro que com o tempo muitos se esqueceram e agora pintam de amarelo ou compram as tintas em lojas, pelo que já não funciona…

terça-feira, 2 de junho de 2009

Fim do Estágio

Este blog funcionou como parte do estágio de Biologia e Geologia de 08/09 do núcleo de estágio da Homem Cristo, com a turma 11ºC.
Agora que o estágio acabou, e estando este alojado na minha conta, eu João, vou continuar com ele.
Estando fora do estágio posso muito bem-fazer o que me apetecer com o Blog, escrever sobre qualquer coisa até.
Gostei bastante do estágio, mas pela nota que tive, parece que não sou material para professor.
Compreendo que houve um certo número de falhas da minha parte, mas bem podiam ter tido em conta que esta era a última nota que ia receber, uma nota que conta como mais do que vários anos na universidade.
Ora bem, se é para ser excepcionalmente profissional em todas as coisas, agora que o estágio acabou as minhas responsabilidades também. Se aquilo que fiz fora das minhas responsabilidades não contou para nada, porque hei-de continuar? Fiz por gosto, mas senti que não recebi apreço, principalmente pela consideração que tive, sabendo que aquela era uma nota chave para o resto da minha vida. E então, desde já aviso que ainda está um modelo de DNA e uma árvore da vida na UA, no CIFOP. Se quiserem vão lá buscar. Já bastou ter de andar com as coisas às costas de um lado para o outro, já basta ter levado para a Homem Cristo o que levei da semana para prática pedagógica quando muito bem poderia ter deixado lá tudo. Eu ando a pé, a professora Maria João anda de carro.
O tempo que andei no estágio com ela de baixa não parece ter tido qualquer espécie de valor, também não o fiz por isso. Mas fiquei bem desapontado quando deixei de receber notícias da professora João na última semana de estágio, de maneira que não pode apresentar projecto pedagógico, e lá se foi boa parte da nota. É o que dá quando se confia nas pessoas. E com grande lata recebi depois uma mensagem dela a pedir coisas de mim. Teve a mesma resposta que me deu na semana anterior.

Não sei quem vai ler isto, mas que se lixe, queria dizer isto.

Gostei muito da turma 11ºC. Espero que tenham tido boas notas no último exame, eu pela minha parte não denunciei as várias cábulas que vi. Mas tenho de avisar que muitos se desleixam no fim do exame e esquecem-se delas. Não as deitem fora também logo fora da sala. Vão à casa de banho e ponham no cesto do papel higiénico usado (rasgado em pedacinhos muito pequenos, e com papel higiénico por cima, ou enroladas no papel) ou lavem lá as mãos. As casas de banho dos professores e alunos são separadas, aproveitem!
Eu nunca usei cábulas, mas lógica é lógica. Se é para esconder algo há regras básicas. Isso e gosto de filmes e series de espionagem. Ocasionalmente livros. E ninjas, gosto de ninjas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Magmatismo

E as apresentações do Magmatismo, que são menos:








E aqui está o link para os add-ons do Google Earth para obter informação de Vulcões:
http://www.volcano.si.edu/world/globallists.cfm?listpage=googleearth

Update Geologia

Update Geologia

Rochas Sedimentares.
Aqui estão as apresentações. Como as aulas foram algo atribuladas, a mesma apresentação acabou por ter várias versões. Aqui ficam todas.
Aconselho a que saquem os ficheiros, e com o apoio do que aprenderam nas aulas acrescentem os vossos próprios apontamentos nos acetatos.
Se tiverem alguma dúvida, podem aqui a deixar!








terça-feira, 10 de março de 2009

Jornal da Ciência

Desde praticamente o começo do ano tem estado na entrada da escola um placard com notícias de ciência. As notícias vão sendo intervaladas entre BG e FQ.
O que aconteceu recentemente é que foi chato. Durante a semana passada o cartaz foi vandalizado, arrancado do sítio e colocado no lixo. Ainda foi possível recuperar o placard do lixo, mas já não estava em condições.
Isto é francamente triste e um estagiário acaba por perder a vontade de continuar com a iniciativa. Dantes um estagiário ainda recebia dinheiro durante o estágio, agora não. Agora temos de continuar a pagar propinas e não recebemos um chavelho. Ou seja, todo o material que um professor estagiário usa, oferece ou traz para a aula sai-lhe do bolso. Então, estando quase a tempo inteiro na escola, e ainda a pagar a universidade, refeições e um quarto alugado, de onde vem o dinheiro? Esse é um problema a que ninguém de direito ou em lugar de poder de decisão quer responder ou arranjar alternativas ou apoios. Os estagiários vão prescindindo de certas coisas, cortando aqui e ali, deitando a mão às poupanças e… O placard da ciência era um exemplo de uma coisa que, para além de tempo e dinheiro tinha alguma paixão ali por detrás. Depois de ver como foi tratado fica a pergunta: Vale a pena?
Recomeçar implicaria mais tempo e dinheiro, e tendo os vândalos ficando impunes, facilmente, por terem escapado com destruição de propriedade privada dentro de um recinto escolar, iriam rapidamente tentar fazer a mesma coisa.