A certo ponto, na Bélgica surgiu um grupo de animais com uma certa característica, o músculo duplo (nome relativo ao tamanho do musculo). Esta característica é devida a uma mutação num gene, o da produção de miostatina (que serve para controlar o crescimento muscular) que torna este gene ilegível, e como tal, não funcional.
O resultado é o Belgian Blue, ou o Belga Azul em português.
Esta mesma deficiência já foi encontrada em mais animais, como em Galgos.

Ambos estes animais apresentam uma semelhança, são o resultado de selecções cada vez mais apuradas, ou seja, de um grupo de animais que devido à selecção tem vindo a ter o seu fundo genético reduzido, de modo à variabilidade ser a mínima. Como tal certos erros genéticos, mutações e deficiências começam a tornar-se cada vez mais prevalecentes.
A miostatina é sintetizada pelos nossos músculos, ou seja, quantos mais músculos tivermos mais é libertada, inibindo o crescimento dos mesmos. Trata-se de um mecanismo de auto regulação, para não sobrecarregar os nossos órgão com a manutenção de uma massa muscular enorme.

E já foi possível reproduzir a deficiência em ratos de laboratório. O que é uma grande ideia, super ratos, como se os normais não fossem chatos.
Mas seriamente, isto está a ser estudado com um bom propósito, ajudar a tratar doenças degenerativas. Além de que já se conhecem outras proteínas sintetizadas pelo nosso organismo com efeitos semelhantes, pelo que o próximo passo é fazer ratos ainda maiores.
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