quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Texto I

O dilema dos pinguins de Adélia

Os pinguins de Adélia (Pygocelus adeliae), que vivem na costa da Antártida, têm sido objecto de estudo de cientistas de uma estação de investigação situada na proximidade de algumas ilhas onde esses pinguins nidificam.
A partir de Outubro, os pinguins escolhem regiões de solo nu, nas encostas mais abrigadas, onde constroem ninhos com pedregulhos. Durante os últimos 30 anos, tem-se registado um grave declínio na população de pinguins que procriam na região e que já atinge os 70%. O biólogo responsável por estes estudos admite que o declínio se relaciona com a mudança climática que tem vindo a ocorrer na região. Nos últimos 50 anos, as temperaturas de Inverno têm experimentado um aumento médio de 6ºC. Como consequência do aquecimento, o gelo marinho, que forma uma camada impermeável sobre o oceano, funde, o que provoca uma maior evaporação da água do mar. Ocorre então uma precipitação de neve, que se acumula no solo, especialmente nas zonas mais abrigadas dos ventos, sendo nesses locais onde se funde, mais tarde.
Os pinguins de Adélia não modificaram os seus locais de postura. Continuaram a construí-los mas sobre a neve e não no solo nu. Quando a neve funde, os ninhos enchem-se de água que encharca os ovos, impedindo o nascimento de novos membros da colónia. Deste modo, o número de nascimentos nas colónias de pinguins de Adélia da região tem vindo a ser gradualmente reduzido.

Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/pinguim-de-así9lia

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